Inicialmente era apenas um frango congelado destinado a se tornar um frango assado. Mas aqui nada se perde e muito pouco se repete. Numa tarde chuvosa essa estória começou assim: o pobre frango solitário pedia encarecidamente para ser resgatado de um balcão gelado. Eu passava por ali naquele momento, escutei e me sensibilizei com o seu lamento. Ao chegar em casa foi pra geladeira pra não sofrer um choque térmico e lá passou a noite se preparando para um grande momento. Pela manhã, tomou um banho com água corrente e se lambusou com uma pasta perfumada especialmente para ele preparada (cebola, alho, sal, limão, pimenta caiena, cravo e salsinha). Ficou ali paradinho, curtindo o cheirinho, enquanto outras gostosuras se aconchegavam num cantinho (batatas, tomates, cebolas, alhos e bananas da terra).
Duas horas antes do grande momento, todos foram pro aquecimento, numa travessa untada com azeite e coberta com papel alumínio, dentro do forno com fogo mínimo.
Enquanto isso, todo o resto do frango (pés, cabeça e pescoço) foi para um banho de imersão em fogo bem brando, numa panela com água e temperos, devidamente tampada mas espalhando seu cheiro. Lá ficaram até virarem um caldo, nem fino nem grosso mas ligeiramente encorpado e muito saboroso.
Uma hora depois ele se cansou da paradeira então dei uma mãozinha e ele se virou na assadeira. Mais meia horinha e a ave branquela já estava bronzeadinha. Aí bastou retirar o papel laminado, deixá-los mais 15 minutos no forno e sem nenhum esforço estava tudo suculento e moreno, pronto para brilhar na mesa do almoço!
No entanto éramos apenas quatro para um frango bem dotado… então o que sobrou logo foi desfiado e guardado. Havia um destino à sua espera… e na mesma noite o caldo voltou pra panela. Levou consigo cenoura picada, um pouco do frango desfiado, além de macarrões que mais pareciam grãos de arroz. Foram servidos em prato fundo, com queijo ralado, um bom papo e brioche fatiado.
Mas ainda havia muito frango guardado! Só que ele estava um pouco envergonhado pois sem sua pele dourada se sentiu meio pelado. Quis um disfarce que lhe apresentasse tão glamuroso quanto estava o seu bronzeado dorso. Pedi uma noite para pensar e logo o convidei pra se juntar a um pouco do caldo, um toque de páprica, grãos de milho e um requeijão cremoso de salivar. Ele me olhou desconfiado mas não queria continuar num pote gelado, não disse que sim nem que não, mas deixou que eu o conduzisse para o recheio de um empadão. A receita da massa é essa daqui e o resultado você confere logo ali.
E essa é a estória de um frango congelado que com carinho foi por mim assado, gentilmente servido e por todos apreciado.
Monstro pois é algo que bota muito medo quando se trata da auto estima masculina http://faricbr.com/i.php?s=cialis-5mg-diario, embora em menor quantidade, também é usado em remédios que combatem a hipertensão pulmonar.
ownnnnnn!
até simpatizei com o dito franguinho que rendeu um bocadão!
;o)
Simpático, né, Denise?! E olha que ele é grandão e desajeitado; imagina se fosse uma delicada codorninha…
:*
um belo frango e 3 saborosos pratos: gostei de ler! gostaria de comer!
Mami, é só vir me visitar que conto toda a história ao vivo, em cores e sabores!
nossa, mary! q história… caramba, qta coisa vc fez com o frango! acho q no final ele ficou cansado mas muito satisfeito! rs… realmente adorei o texto e acho q as coisas q vc escreve, do jeito q escreve, são o diferencial do seu blog. a partir desse post já viajei e imaginei a publicação do seu primeiro livro de receitas culinárias, talvez voltado ao público infantil. depois vc pode lançar uma edição mais refinada, destinada aos adultos, com edição bilingue e também em braile. pense nisso! e deixe a revisão de texto por minha conta. beijo, saudade!
Uau, até em braile! Você é incrível, minha amiga Elaine! Fico muito feliz e motivada com seu otimismo e incentivo! Obrigada! Quem sabe??!
Grande beijo e feliz aniversário!!
Adorei este conto do frango gelado assado e desfiado!
Muito gostoso de ler e provavelmente de comer.
Beijo
Monica
Obrigada, Monica! É sempre uma honra receber um comentário seu!
Grande beijo!
Lia,
até eu que ODEIO frango com todas as minhas forças me encantei com a "odisséia galinácea"!
Beijo,
Taí um bom nome pro post, Odisséia galinácea! Vou me lembrar disso! rsrs
Lud, receber um comentário seu num post com tal conteúdo me deixa sem palavras! Tô até pensando em repetir a odisséia no feriado de setembro. Que tal? riririri
Beijo!! E obrigada pela visita!
Caramba …que forma mais simpática de tratar o alimento… ameii
Dias de fantasia e imaginação solta, Rita. Que bom que gostou e obrigada por me contar. :)