Menos de duas horas de vôo separam São Paulo de Vitória, cidade de onde vim. Perto não?! Mas apesar da pouca distância e de Vitória também ser uma capital, não são poucas as coisas que encontramos aqui em São paulo e das quais sequer ouvimos falar por lá. Ficando apenas no âmbito da cozinha, um bom exemplo é a flor de sal. pode parecer corriqueiro para alguns mas o fato é que trata-se de um produto que chegou ao mercado brasileiro em 2004 (se a internet não me enganou…) e passados cinco anos ainda não é amplamente conhecido.
Busquei um texto que falasse um pouquinho sobre a flor de sal e publico abaixo um trecho de uma matéria da Revista Gula/2004:
“… A flor do sal é fruto de uma harmoniosa associação entre a água do mar, o sol e o vento. Essa fina película que se deposita na superfície das salinas possui sabor distinto e perfume suave de violeta. Cabe ao homem colher cuidadosamente os cristais desse ouro branco.
Sua aplicação na cozinha como toque final tem o dom de valorizar divinamente o gosto da comida. Mas não são apenas os pratos salgados que ganham com seu uso. Cozinheiros mais ousados andam explorando a antiga parceria do açúcar com o sal, dessa vez utilizando as propriedades delicadas da flor do sal. O desejado ingrediente deu origem a deliciosas receitas, entre elas a de trufas de chocolate meio amargo e caramelo, que já faz sucesso nos Estados Unidos.
Algumas das salinas mais famosas estão na França. A região de Guérande, na Bretanha, na costa atlântica do noroeste francês, destaca-se mundialmente pela excelência da flor do sal que produz. O produto é coletado por artesãos chamados paludiers. Eles seguem o método tradicional de extração, uma técnica desenvolvida pelos povos celtas há cerca de 2 000 anos. “Varrem” a especialidade do topo dos montes de sal com um ancinho especial. A coleta é diária e realizada durante o verão, quando as condições meteorológicas são mais favoráveis à cristalização do sal por meio da evaporação.
Camargue, no litoral mediterrâneo da França, também oferece os raros cristais. Portugal é outro produtor de prestígio. As peças, isto é, os reservatórios de água do mar que compõem as salinas, localizam-se na costa atlântica do Algarve. São necessários aproximadamente 80 quilos de sal marinho bruto para produzir 1 quilo dos caríssimos cristais de flor do sal, que chegam a custar quatro vezes mais que o sal marinho. Antes de secar completamente ao sol, a flor do sal apresenta uma coloração rosada, conseqüência do material, normalmente o barro, com que são construídos os tanques para abrigar a água salgada. O movimento desse líquido nas salinas ocorre em virtude da gravidade. À medida que secam, os cristais da flor do sal vão ganhando a brancura que lhes é peculiar.
Sem sofrer qualquer tipo de processamento, são embalados diretamente depois da coleta. Fonte natural de potássio, cálcio, cobre, zinco, magnésio – elemento que não está presente no sal marinho industrializado…”
Para rápida comparação, o sal marinho que consumimos passa por um processo de lavagem, centrifugação, secagem por calor de combustão, moagem e ainda está sujeito a processos químicos de branqueamento.
Para a ereção dar certo , pode ser resolvida na maioria das vezes através de um remédio, se é que pode se chamar assim.
Maria,Adorei o blog! As dicas, textos, receitas e que fotos! Conheci a flor de sal há pouco tempo também, apesar de morar aqui em SP…Meu pai teve gota e agora só pode comer a flor de sal ou outros afins: sal de guerande, sal do Himalaia, etc…Apesar de mais difícil de achar e mais caro (muuuuuito mais) do que o sal comum, vale muito a pena cuidar da nossa saúde.Um beijo e até breve!
[…] com raspas de chocolate ao leite, mas a versão que servi levou sal Maldon salpicado por cima (flor de sal também iria muito […]