Nos últimos tempos é raro comermos um pão comprado. Raro mesmo. Quase sempre vou pra cozinha com alguma receita e preparo o pão da semana. Eu e a panificadora, a panificadora e eu. Não consigo deixá-la trabalhando sozinha. Solidariedade ou vontade de ser co-autora, termino sempre com a massa na mão.
Hoje foi um desses dias. Preparei meia receita do Olivier, improvisei com 30% de trigo integral, deixei a panificadora bater e descansar uma vez e terminei eu mesma o trabalho. Mas meia receita rende muito… então, como farei um jantarzinho na quarta, aproveitei para multiplicar os destinos da mesma farinha, da mesma água, do mesmo fermento. Todos juntos, amassados, descansados e depois separados. Um bocado virou pãezinhos redondos que servirão de acompanhamento no jantar. O restante tardou um pouco mais para se separar: foi unido para o forno, ganhou queijo parmesão ralado de enfeite mas assim que esfriou a faca elétrica tratou de dividí-lo: fatias mais grossas para o café-da-manhã e fatias finíssimas que virarão torradinhas pinceladas com manteiga aromatizada com sálvia.
E assim vai terminando a minha noite, com vários destinos traçados para um único propósito: alimentar e alegrar os paladares que por aqui passarem.
Graças a esse monstro chamado de impotência sexual ou de disfunção erétil .
Tomara que venha pão para Vitória!
Pretendo levar pão e trazer camarão! ; )