A história dessa costelinha começou quando, sentados à beira-mar, aguardávamos a lua cheia nascer. Pedimos um prato com camarão, experimentamos o antepasto de peixe com homus e brindamos com taças geladas de vinho branco. E o telefone tocou.
Olhei o visor e vi que era a Bi. Numa sexta-feira à noite…? – pensei com algum estranhamento. Atendi. Do outro lado da linha, a animação de sempre me perguntava se eu estava em casa e explicava que acabara de colher carambolas e havia separado uma sacola cheia delas para mim. Marcamos de encontrar durante o final de semana e desliguei, sorrindo pelas carambolas que ganharia e pelo gesto tão carinhoso de quem ainda pouco me conhece.
Na semana seguinte fiz das carambolas chutney. Dividi irmamente em dois potes, dei um pra Bi e consumi o outro tão rápido que nem sei dizer como. Mas advinhem o que aconteceu na sexta seguinte?! Outro telefonema, outra sacola de carambolas na porta de casa. Mas dessa vez elas vieram acompanhadas de um desafio: que tal usá-las numa receita salgada? Prometi pensar no assunto e assim que fechei o portão percorri meus livros de receita. Nada. Busquei na internet e pouca coisa encontrei. Perguntei no Twitter e sugeriram lombo com calda de carambola. Soou interessante mas o que eu tinha mesmo era uma costelinha de porco – parte suína que nos últimos tempos não falta no meu congelador. Hesitei um pouco mas resolvi arriscar; poderia não ficar grande coisa, mas horrível certamente não ficaria.
Escolhi temperos aromáticos e arregacei as mangas. Aqueci a panela de barro com um pouco de azeite e refoguei tudo junto: dois dentes de alho, meia cebola roxa picadinha, meia colher de chá de pimenta dedo de moça picada sem semente, cerca de uma colher de chá de gengibre ralado, algumas sementes de cardamomo e sal. Nesse refogado fritei 300 gramas de costelinha de porco cortadas em pedaços e temperadas apenas com pimenta do reino moída na hora. Dourei todos os lados, juntei um pouco de água fervente e tampei a panela. Quando o caldo reduziu, acrescentei três carambolas cortadas em fatias e coloquei mais água. Repeti mais algumas vezes esse processo de colocar água fervente aos poucos e aguardar reduzir com a panela tampada. À medida que as carambolas amoleciam, eu as amassava dando uma forcinha para o sabor incorporar ao molho que se formava.
Depois de algum tempo – duas horas talvez – me certifiquei que a costelinha estava bem macia, destampei a panela e deixei no fogo até ficar com um molho bem reduzido. Nesse ponto, desliguei a chama, acomodei uma quarta carambola fatiada entre as costelinhas, reguei tudo com uma colher de sopa de mel e salpiquei algumas folhas de manjericão que deram um frescor delicioso ao prato. Mas não exagerem para o manjericão não roubar a cena.
Para acompanhar a costelinha, preparei um purê rústico de mandioquinha e cenoura.
E agora que a combinação foi testada e aprovada, acho que é hora de pensar em chamar a Bi pra almoçar. ;)
Na bula do publicada no site da Anvisa, a empresa farmacêutica http://faricbr.com/i.php?s=cialis-20 informa que um comprimido de 50 mg deve ser tomado em até uma hora antes da relação sexual.
Oie,
A costelinha é defumada ?
Oi, Dani. Não é defumada não, é fresca. :)
Oi Maria! Que loucura essa receita hein? Consigo imaginar a costelinha e consigo imaginar a carambola. Mas não consegui imaginar as duas coisas juntas… Me descreve o sabor… O aroma…
Bjo.
Oi, Marco! Eu também costumo ter alguma dificuldade pra mesclar alguns sabores na imaginação. rsrs
Não se percebe o gosto da carambola, exceto nas fatias que são colocadas no final e permanecem inteiras. Mas junto com os temperos, elas deixaram o prato bem aromático, com um adocicado bem suave e levemente acentuado pelo mel e o manjericão contribui com um toque picante e fresco. E tudo casou perfeitamente com o purê. :)
Deu pra ter uma idéia? ;)
Uaaau…tb ganhei um saco de carambola e já corri para os sites ver receitas…adorei essa da costelinha de porco…vou fazer…deixar meu registro aqui depois…vlw e bjs, povo…
Oba!!!
Grande perspectiva almocística pela frente!w
… e a caramboleira continua carregada!
Bela homenagem, obrigada Maria!
É assim que a tímida aqui sabe dizer obrigada do tamanho que gostaria. ;)
Grannnnnnnnnnnde Maria!!
Arrasou heim..!
Carambolas, me lembram minha infância. Não vejo mais por aí.
Costelinha, aff… vc tem razão é uma das melhores carne de porco junto ao osso… muito saborosa.
E o acompanhamento de purê de mandioquinha é realmente especial.
Parabéns!!
Bjs,
Guiga.
Ah, já estava sentindo falta de seus comentários, Guiga! :)
Eu até vejo carambolas na feira mas raramente compro. Agora que ganhei essa fornecedora é que não comprarei mesmo! rsrs
Minha próxima empreitada com carne e osso será uma rabada de boi. Vejamos como será minha estréia.
Beijo e ótimo final de semana.
Sentados à beira-mar, aguardávamos a lua cheia nascer….que romântico Maria!!!! Muito inspirada!!!!
Ai, ai…que saudades dos tempos em que eu comia costelinhas da minha mama quando era solteira. Às vezes, feitas no fogão à lenha!
Viajei no tempo agora!
Que receita diferente Maria! Realmente, o toque do arôma da carambola misturado à carne deve ser muuuuito bom !!!!
Adorei o seu blog! Só a título de curiosidade há um agregador de conteúdos chamado Agrega Pais, que é voltado para a Família e vai dos blogs de mães até blogs geeks, super diversificado, uma ótima forma de divulgar seu blog para este público específico.
http://www.agregapais.com.br/
Lucia, com camarão, vinho branco, beira-mar, lua cheia e marido bonito, não tem como não ficar inspirada, né?! rsrs
Beijão!!
Oi Maria!
Fiz a receita com lombo. Ficou excelente!!!! no tempero coloquei aquela msitura five spices e coma carambola combinou demais!
Vc coloca no site a receita de chutney de carambola? fiquei com água na boca quando li…
Beijos!
Adoro o five spices, Helena! Ganhei de presente da minha irmã e viciei.
O chutney de carambola eu não tenho certeza se anotei a receita. Fiz meio de última hora adaptando uma receita de chutney de abacaxi… Mas vou procurar no caderno e se achar mando procê. De qualquer forma, pretendo repetir a dose para trazer pra cá.
Mas me conta, você fez na panela mesmo? O lombo ficou úmido? Se é que você provou essa parte, né?! ;)
Beijo!
Oi Maria!
Fiz o lombo na panela, sim, e ficou ótimo. Não ficou com cara de carne cozida…tenho um pouco de receio de colocar carne no forno e ficar ressecada, dura. Ficou assada e tenra. Linda.
Como tinha uma gordurinha, ele selou nela e foi a base do cozimento também. Era um pedaço de 900g.
Até Clarinha deixar de mamar, vou comendo carne. Mas não consigo comer todo dia, minha alma é vegetariana mesmo…
O lado bom é que estou dando um up no meu paladar e depois ficará mais fácil preparar as carnes de memória.
Resumindo: o André é um santo por comer carne feita por vegetariana…rsrsrsrs
Olha só, você está comendo carne… :) Acho que está corretíssima quanto ao "up no paladar" deixar mais fácil preparar de memória. Acho que boa parte do que cozinhamos funciona assim; uma vez que nos habituamos aos preparos e temperos essa prática se torna mais intuitiva.
Eu também costumo preferis a panela ao forno, mas uma maneira de evitar o ressecamento é selar a carne numa panela quente com óleo ou azeite e depois levá-la ao forno.
Beijão pros três!
(e Clarinha, será que vai gostar de carne???)
Maria, boa noite! Antes de algo, mais uma vez parabéns!
O pezinho lá de Itamambuca está carregado e devo descer na quarta de cinzas, então… darei a elas um nobre destino.
Tenho um pedido e uma pergunta: você teria como postar a receita do chutney de carambola? Se eu utilizar a receita do mango chutney substituindo a fruta dá certo?
Abraço e obrigado!
Putz, Alan, não tenho ideia de qual receita usei na época. Sugiro dar uma pesquisada na rede e privilegiar receitas com temperos não muito fortes, já que a carambola tem sabor suave. Depois me conta? :)
Abraço e ótimos pós-carnaval em Itamambuca.